Ataques de Helicoverpa a biotecnologias em milho e algodão
O fenómeno foi observado por especialistas no Brasil, em áreas do Oeste da Bahia, Maranhão e Piauí
Investigadores e consultorias de renome emitiram alertas recentes direcionados a produtores de milho no Brasil, em regiões do Oeste da Bahia, Maranhão e Piauí. Há nessas áreas informações e registos de ataques da lagarta Helicoverpa a híbridos de milho com biotecnologias de última geração. Conforme os especialistas, o fenómeno também ocorre em explorações de algodão.
Notamos que logo após a emissão do estilo-estigma ou cabelo das espigas de milho, tem surgido uma elevada quantidade de ovos de Helicoverpa. A lagarta vai para o interior das espigas, após a eclosão dos ovos, e causa danos e prejuízos, resume Luis Kasuya, engenheiro agrónomo e investigador com mais de 30 anos de experiência. Ele está à frente da consultoria Kasuya Inteligência Agronómica, sediada na cidade baiana de Luís Eduardo Magalhães no Brasil.
Alertamos a todos os produtores para que intensifiquem o monitoramento das culturas. É necessário observar a presença de mariposas e de ovos no estilo-estigma ou cabelo, reforça Kasuya. De acordo com o investigador, a maior ou menor proporção de ovos, lagartas e também o tamanho destas (ínstar), devem ancorar decisões por controle químico, biológico ou maneio integrado.
Investigador e professor da Universidade do Estado da Bahia, o engenheiro agrónomo e entomologista Marco Tamai, atuante na região de Luís Eduardo Magalhães, destaca que nos últimos dois anos passou a observar, com preocupação, a ataques intensos da lagarta Helicoverpa zea às culturas locais de milho. Ela voltou com bastante força e avança sobre híbridos de milho provenientes de diferentes biotecnologias, descreve Tamai.
Hoje o produtor vê-se diante de um problema que parecia superado. As lagartas do género Helicoverpa zea e armigera vinham perdendo importância na comparação à Spodoptera frugiperda no milho e no algodão, exemplifica. Os ataques no milho acontecem na chamada boneca. Com a planta alta, o agricultor enfrenta dificuldades para controlar à Helicoverpa zea, reforça Tamai. Já no algodão, observa que a lagarta ataca principalmente na fase de enchimento das maçãs.
Para Kasuya e Tamai, além do monitoramento das culturas como uma recomendação chave, o controle de populações da praga deve ser feito com foco nas mariposas, antes das lagartas entrarem nas espigas de milho.
Gerente técnico da AgBiTech Brasil, o engenheiro agrónomo Marcelo Lima também entende que essa possível volta da Helicoverpa inspira preocupação, ainda que o cenário seja diferente daquele de 2013 e 2014, quando a Helicoverpa armigera trouxe prejuízos em série na soja e no algodão, em diversas regiões do Brasil. Hoje contamos com ferramentas de controlo reconhecidamente eficazes, incluindo inseticidas químicos, biológicos e atrativos para mariposas, conclui Lima.
Desde 2002, a AgBiTech fornece produtos consistentes, de alta tecnologia, que ajudam a tornar a agricultura mais rentável e sustentável. A empresa combina experiência a campo com inovação científica. Trabalha com agricultores, consultores e investigadores e desenvolve soluções altamente eficazes para o controlo de pragas agrícolas.
Informação disponibilizada pela: AgBiTech Brasil