Novembro 22, 2024

Agricultura Internacional

Imprensa especializada do Setor Agrário

Só nos primeiros 4 meses de 2024 foram registadas 30 descobertas de plantas NGTs a nível internacional

A Anseme organizou no passado dia 2 de maio, na Ovibeja, o colóquio ‘Semente e Biotecnologia – Um potencial escondido’, que contou com o apoio da Lusosem – Produtos para Agricultura SA, Syngenta Portugal, Fertiprado, Bayer Crop Science Portugal, Dekalb, Epagro Lda, Agrovete S.A. e A Sementeira.

Toda a cadeia de valor agroalimentar, desde a indústria de sementes, à DGAV – Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, GPP, agricultores, APED e FIPA – Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares, falou a uma só voz, concordando que as Novas Técnicas Genómicas (NGTs) têm um papel determinante na obtenção de sementes para uma agricultura mais produtiva, sustentável e resiliente às alterações climáticas.

As NGTs têm o potencial de ajudar a produzir alimentos mais nutritivos, menos perecíveis, e até com características nutracêuticas.

Recorde-se que as NGTs são utilizadas em várias partes mundo e já permitiram obter variedades de trigo sem glúten; cevada com maior número de grãos por espiga; tomate enriquecido com GABA e abacaxi de polpa rosa, entre outras.

De acordo com a Syngenta, só nos primeiros 4 meses de 2024 foram registadas 30 descobertas de plantas NGTs a nível internacional.

O Parlamento Europeu reconheceu a importância das NGTs, em fevereiro passado, e pronunciou-se sobre a proposta de Regulamento apresentada pela Comissão Europeia. Entretanto, aguarda-se uma posição do Conselho da Europa para que se inicie o debate tripartido sobre a regulamentação das NGTs na UE.

A questão que está a dividir os Estados-membros prende-se com a rotulagem, desde o lote da semente até ao consumidor final, dos alimentos produzidos a partir de variedades obtidas com NGTs.

Portugal, representado nas negociações europeias pela DGAV, considera que não se justifica a rotulagem dos futuros alimentos derivados de NGTs ao longo de toda a cadeia de valor, e que será difícil de implementar a segregação e a rastreabilidade dos lotes de sementes no agricultor e na indústria alimentar, explicou a Subdiretora da DGAV, Paula Cruz Garcia.

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