Junho 27, 2025

Agricultura Internacional

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Índia desenvolve a sua primeira ovelha geneticamente modificada

Índia desenvolve a sua primeira ovelha geneticamente modificada, conseguindo aumentar a massa muscular no animal em 30%.

Investigadores da Universidade de Ciências Agrícolas e Tecnologia de Sher-e-Kashmir (SKUAST-Kashmir) desenvolveram com sucesso a primeira ovelha geneticamente modificada do país, um desenvolvimento pioneiro em biotecnologia pecuária. A equipa, liderada pelo Dr. Riyaz A. Shah, modificou o gene da miostatina, responsável pela regulação do crescimento muscular, alcançando assim uma melhoria significativa na produtividade da carne.

A edição genética aumentou a massa muscular do animal em cerca de 30%, uma característica de algumas raças europeias, como a Texel, mas ausente em raças ovinas autóctonas indianas. O cordeiro modificado pertence à raça Merino local e não contém ADN exógeno, reforçando o seu valor como modelo para futuras aplicações na pecuária.

Maior rendimento de carne sem perda da qualidade da lã

Segundo os líderes do projeto, o cordeiro editado pesava o mesmo que um cordeiro convencional ao nascer, mas, após três meses, já era pelo menos 100 gramas mais pesado do que os seus equivalentes não modificados. Ambos os tipos de animais produzirão entre 2 e 2,5 kg de lã, mas o cordeiro modificado oferecerá um rendimento de carne maior, de acordo com o jornal
Greater Kashmir.

A edição genética do gene da miostatina já foi usada anteriormente em raças como a Texel para melhorar o desenvolvimento muscular, e esta nova aplicação em raças locais abre as portas para o melhoramento genético adaptado às condições de produção da índia.

Biotecnologia para uma bioeconomia sustentável

O vice-reitor da Universidade Sher-e-Kashmir de Ciências e Tecnologia Agrícola da Caxemira (Índia), Dr. Nazir Ahmad Ganai, referiu que esta conquista não representa apenas o nascimento de um novo animal, mas também o início de uma nova era na genética animal na Índia. O próprio acredita que a biotecnologia, juntamente com a inteligência artificial e outras ferramentas emergentes, serão cruciais para impulsionar uma bioeconomia sustentável e garantir a segurança alimentar do país.

A universidade enfatiza que as instituições científicas como a SKUAST-Kashmir podem desempenhar um papel fundamental na transformação do setor pecuário, oferecendo soluções inovadoras para melhorar a produtividade e a sustentabilidade a longo prazo.

Crédito da imagen: Greater Kashmir

Fonte: ISAAA

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